Foge... (Bandido!)

"Eu quase amei a forma como tu mentias"

E eu que não gosto de mentiras!
Mas senti-as - TODAS!
Uma a uma.
Nem era preciso pensar demais, tu sempre te denunciaste.
Substimaste-me, achando-me tão distraída nesse amor para não ver o que estava para além de nós (esse "nós" que nunca existiu - disso eu também sempre soube. Contráriamente ao que diziam, não era só eu que não via - tu também não).
E eu que sempre te coloquei num patamar supremo, onde sempre achei que irias partilhar tudo comigo, até as verdades dolorosas.
Sermos felizes, onde quer que fosse, com quem fosse, era para mim muito mais importante que te prender.
E sempre esperei que fosses para mim sincero como achei que foste deste o primeiro dia... Tnhas mesmo de deteriorar esta imagem imaculada que tinha de ti?
Quem ganhou? Quem perdeu?
Ambos, as duas coisas.
Não somos, de facto, poços de virtudes, mas eu sou de valores.
E prezo o respeito que dou e a consideração que coloco em cada Ser importante na minha vida.
E é por isso que a confiança se perde, por acharmos que perdemos o que as pessoas nos dão de bom se dissermos a verdade... E a verdade, é que ao escondermos a realidade delas acabamos por preparar o pior fim do que podia ser eterno.
Somos egoístas...(E tu és tanto)
A amizade, acima de qualquer outra coisa, quando negligenciada dessa forma, não tem bases para subsistir.
A flor murcha, a corrente desliga.
Eu devia pedir desculpa... Por algo que não fiz, mas TU me fizeste cometer.
Não sabia da verdade, não conhecia a realidade e por isso criei outro Mundo, que não era o mesmo que o teu.
Cometi verdadeiras loucuras achando que estava a fazer o melhor.
Meti a cara á frente de todos com um sorriso feliz, quando esses rostos se riam de mim...
Por saberem a verdade que me foste escondendo, mas que veio até mim - Não a procurei.
Podia ter sido preparada... Podias ter respeitado a minha imagem, não permitindo que invadisse o teu Mundo lentamente, destruindo o que realmente desejavas... Evitando os risos secretos e condenadores que me apontavam, julgando-me uma tonta...
Porque nunca me disseste? Ao menos saberia com o que contar...
E no meio dessa pessoa que eu já não sei quem és, pergunto:

"Quem serias tu se ninguém estivesse a ver?"