Até A Mais Bela Orquídea Tem Espinhos...

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Terra do Nunca, Jardim Paraíso
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quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Não Sei Como Chamar...

As pessoas que amamos, em quem depositamos os nossos afectos, a quem oferecemos o que somos e o que temos sem falsidade, com qualidades e defeitos, para quem somos o que somos sem medos nem perconceitos, com a maior pureza, ... têm entre mãos 2 ferozes poderes:

* O de nos fazerem felizes como só elas sabem,
* E o de nos magoarem e ferirem como ninguém faria melhor!

Quando partilho os meus medos e segredos, quando confidencio as minhas angústias e alegrias ou quando entrego de mim o que sou, não preciso que me condenem e me apontem um dedo acusador ou desfaçam a importância dos meus actos e sentimentos! Não preciso que me digam sim ou não. Que me condenem por agir ou reagir de forma correcta ou errada perante uma ou outra situação.

Porque cada pessoa é um Mundo e cada Mundo é difererente.

Não preciso que me façam sentir ridicula (e o digam!) quando com amar digo o que sinto. Quando a minha visão deste ou daquele facto não é igual. Quando tenho de deixar de ser quem sou para respeitar quem no fundo me desrespeita ao não me deixar voar. Não preciso de me sentir desconfortavél quando algo ruma a meu favor.

Só precisava que, independentemente de estar certa ou errada, que compreendessem os meus porquês e me apoiassem nas minhas decisões, concordando ou não com elas. Mesmo que me alertando dos perigos eu siga rumo divergente, que não me crucifiquem.
Que analisem comigo os 2 versos da medalha e estejam ao meu lado para me aplaudir a conquista ou dar a mão caso caia, mesmo que isso signifique alguém ganhar ou perder a razão. Não me Importa.
Porque na verdade, o amor e a amizade, nada mais são do que partilha e cumplicidade.
A partilha do que temos e do que somos. A partilha do nosso melhor e mesmo do pior. A cumplicidade que as palavras não limitam, que os olhares preenchem, que se sente apenas no coração e grandiosamente se exprime no mais puro sorriso sem nunca se conseguir explicar.
Cada um de nós é sim um Mundo, único, um Mundo que não se redime nem se anula. O teu Mundo e o meu Mundo.
E é aqui que a cumplicidade e a partilha entram naquilo que é nosso: Onde um pouco do teu mundo é já um pouco meu e onde um pouco do meu Mundo já faz parte do teu. 2 mundos que se cruzam, que encontram um ponto de partilha e que caminham, lado a lado, paralelamente, de mãos dadas na mesma direcção. 2 mundos que dão origem ao que podemos chamar de "nosso mundo" onde se guardam aquelas coisas que são só nossas.

...Coisas que são só nossas... Como se alguma vez podessem existir...

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